sexta-feira, 8 de março de 2013

Um pastor chamado Antonio Marcos Novais


     Um pastor chamado Antonio Marcos Novais
Em Romanos 5:1 a 4, entendemos que é a perseverança que nos levará a um porto seguro. Não podemos fugir de nossos problemas e obviamente não é fácil manter-se alegre na dor e no sofrimento, ou nas ocasiões em que o mundo parece desabar sobre sua cabeça.
O apóstolo Paulo ao descrever o capítulo 5 do livro de Romanos, não era um masoquista e entendia que é na tribulação que se molda o caráter do homem.
Ora, não podemos fugir de nossas lutas e nem de nossos problemas e Paulo era sabedor que Deus açoita aqueles que o amam e ainda, permite que seus filhos sofram. E Por quê? Porque tribulações não deixam de ser bênçãos. Elas o ajudarão. Por isso, não fuja delas. Enfrente-as! Vença-as!
Em 1972, num lugarzinho do Norte do Paraná, uma mãe lava roupas à beira de um riacho. Ela tem Antonio Marcos em seu ventre.
No retorno a sua casa, a mãe carregada de roupa lavada escorrega no caminho íngreme, cai de forma desajeitada e rompe a placenta. É levada para o hospital em estado crítico e entra em coma.
Os médicos discutem sobre o que fazer e querem tirar a criança para tentar salvar a mãe. Então, um dos médicos questiona: “Há alguém cristão na família desta mulher?” Sim, responde uma voz. A mãe dela chama-se Lázara, e é seguidora de Jesus Cristo.
Chamem-na imediatamente, diz o médico. Algumas mulheres apressam-se para chamar a avó Lázara, uma senhorinha de 75 anos de idade, cega de nascença e que seguia Jesus de forma fervorosa, desde os seus cinco anos de idade. E encontram Lázara de joelhos orando pela vida de sua filha. O pai de Antonio Marcos adentra a casa de sua sogra, e relata a tragédia e em prantos pede oração pela sua esposa.
A avozinha lhe diz tranquilamente: “Não se preocupe, pois enquanto estava aqui orando, o Espírito Santo me disse que meu neto viveria.”
Então, o genro se apressa em levar Lázara ao hospital e lá chegando, o médico depara-se com aquela velhinha de cabelos todos brancos, cega, débil, desgastada de saúde e lhe pergunta: “Baseada em que, a senhora acredita que sua filha dará a luz a este bebê e que ele viverá? Veja que a situação é gravíssima.”
A avó então responde que o Espírito Santo lhe avisara que tudo correria bem, e que os médicos deveriam iniciar o processo cirúrgico imediatamente.
E assim ocorreu. Retiram o bebê que pesava apenas 400g, o qual cabia perfeitamente sobre a palma da mão do cirurgião.
Passam-se vinte dias e a mãe recebe alta e segue para sua casa. E com setenta dias de idade, Antonio Marcos deixa o hospital. Parece bem, mas na sua primeira semana em casa o menino morre. Assim, subitamente.
E algumas mulheres correm para avisar a tragédia à avó Lazara.
Sim, dona Lázara, o Antonio Marcos morreu hoje, por volta das nove horas da manhã. Sigamos para a casa de sua filha, pois precisamos sepultá-lo.
A avó muito serena diz: “Deus me falou que Antonio Marcos não morreria”.
E segue de imediato para a casa do neto. Lá chegando, apanha o corpo sem vida de seu netinho, coloca-o numa cesta de pão e corre com ele a sua Igreja. Deposita o corpo frio sobre o altar e começa a orar em companhia de outras quatro mulheres. Oram fervorosamente por muitas horas e por volta da meia noite uma tia do menino quer desistir, e diz que é loucura o que estão fazendo, pois o cadáver está gelado, duro e começa a cheirar mal. Mas Lázara não desiste e pede mais oração. E voltam a orar com fervor e por volta das 2:45 horas, as mulheres percebem que de súbito o bebê começa a chorar.
Deus atende ao pedido de sua serva Lázara e devolve vida a seu querido neto. E as mulheres retornam a casa pulando de alegria e gritando efusivamente: Está vivo. Antonio Marcos está vivo!
E Lázara entrega o netinho às mãos de sua filha. 
Passam-se cinco anos e o menino não anda, não fala não se expressa, não possui nenhuma coordenação motora. Passa todo o tempo arrastando-se pelo chão de terra batida, vive miseravelmente e os médicos de sua cidade declaram que Antonio Marcos possui paralisia cerebral e que o garoto é um caso perdido. Informam que o menino só dará trabalho, despesas e aborrecimentos, que viverá dependendo totalmente dos outros e nunca terá discernimento de coisa alguma. Será quase como um vegetal, vaticinam os médicos.
Aos 14 anos de idade, Antonio Marcos, ainda vive agarrado ao pescoço de sua mãe; todos o rejeitam pelo seu aspecto feio, repugnante, até. Baba todo o tempo e sua cabeça está sempre abaixada e pendida ou para a esquerda ou para a direita. Uma tia chega a declarar à sua mãe: “Este menino só lhe dá trabalho e incomodo. Por que você não abortou esta desgraça?”
Aos 15 anos, ainda não fala nenhuma palavra, não anda e não tem memória. Não reconhece a ninguém e não possui noção de absolutamente nada que ocorre a sua volta. Sua única forma de expressão é o choro. Que vida triste!
A avó Lázara completara 90 anos de idade, nunca deixara de orar pelo seu amado neto e com freqüência dizia a Deus: “Senhor, não me leve antes de ver o meu neto andar. Quero que ele seja pastor e não posso ir para os seus braços sem ver meu sonho realizado.”
Veja, meu prezado leitor, Deus não poderia deixar de atender a súplica de Lázara. Ela, na sua fé inabalável conseguiu atrair o olhar de Deus e mesmo cega de nascença, viu o futuro de seu netinho. A avó tocava a face de Antonio Marcos e conhecia perfeitamente seu aspecto físico, mas ninguém acreditava naquele menino doente e retardado, exceto Lázara. Esta nunca perdia a esperança. Perseverava e perseverava, sem esmorecer.
Então o marido de Lázara quer dar ao neto uma cadeira de rodas, pois está cansado de vê-lo arrastar-se no chão de sua casa, terra batida, tão somente. Mas a avó é incisiva: “De jeito nenhum. Ele não precisa de cadeira de rodas e nem de muletas. Ele andará, e será logo. Creiam todos nisso, e confiemos em Deus!”
Poucos dias depois, a avó visita o neto e o encontra muito sujo, arrastando-se pelo chão de sua casa. Enternecida, pede que banhem o garoto e então com o menino limpinho em seus braços, começa a orar e pede a Deus que a presenteie: “Deus faça o meu neto andar. Eu, Lázara lhe peço. Realize o meu milagre.” E sem titubear, sem nenhum vacilo, declara a todos na casa: ”Coloquem o menino em pé.”
As pessoas atônitas não ousam desobedecer à avozinha e o colocam de pé. Milagrosamente Antonio Marcos consegue manter-se de pé por alguns instantes, se equilibrando meio desajeitadamente, e ensaiando alguns tímidos passos antes de desabar ao chão. Lázara constata a inusitada cena e seu rosto está banhado em lágrimas. Ela sabe que Deus está operando milagres na vida do menino. É preciso paciência. É preciso muita oração!
Quinze dias após, depois de muitos sucessivos tombos e quedas grotescas, o jovem Antonio Marcos inicia seus primeiros passos com firmeza e começa enfim, a andar. Sua irmã mais nova tomada de júbilo e sem conter sua alegria sai correndo e gritando pelas ruas da cidade, a grande novidade que acontecera em sua casa. “Ele está andando. Meu irmão está andando!” Que fabulosa novidade!
E os médicos espantados com o quadro que presenciam questionam a mãe: “Diga-nos, Dona Maria, como o seu filho começo a andar? Qual o remédio que a senhora lhe deu?” E ela lhes responde: “Mas eu não dei remédio nenhum. Sei que foi o Deus de sua avó Lázara que o fez andar. Ele está vivo, agora já anda e viverá para abençoar muitas pessoas. É só isso!” E os médicos silenciam. A medicina não pode explicar um fato desta natureza. Um menino com paralisia cerebral nunca poderia andar!
Todavia, a coordenação motora de Antonio Marcos ainda é muito ruim; ele continua babando todo o tempo, seus dentes estão muito arruinados e  sua memória não funciona.
Estamos agora em 1987 e o jovem já tem 15 anos. Já anda quase normalmente, mas a Escola Pública veta o seu ingresso. Ele é diferente demais e irá constranger os outros alunos. Sua mãe se resigna, mas a avó Lázara fica indignada e diz: “Hoje mesmo vamos levá-lo a Escola e eles terão que aceitá-lo.” E Antonio Marcos é aceito e encara sua primeira aula e conhece a sua primeira professora. Ele escutava, mas não discernia os sons. Tudo era barulho e enquanto a professora escrevia no quadro negro, Deus resolveu agir na vida daquele seu amado filho. E de repente, Antonio Marcos começa a ouvir uma voz que parece vir de suas entranhas. Uma voz suave lhe alcança e ele ouvia claramente: “Meu filho. Você é meu filho.”
E súbito, como que rolhas pareciam desprender-se de seus ouvidos e sua cabeça sempre baixa e inerte, agora se mantinha ereta e olhava para cima, vigorosamente. E Deus lhe ordena: “Haja luz! Haja memória! Haja cérebro! Haja intelecto! Acorde definitivamente, Antonio Marcos, pois chegou enfim, o seu momento de acordar, de desvencilhar-se de suas amarras, de acordar para a vida, que Eu o seu Deus lhe brindo!”
E em segundos há uma explosão de conhecimento no interior daquela cabeça. Instantaneamente ele começa a perceber os cartazes nas paredes daquela sala de aula, extasia-se com as formas tão diversas, com as cores tão magníficas, com seus colegas de turma que parecem tão iguais, mas são todos tão encantadoramente diferentes. Maravilha-se com as roupas, com o material escolar, com o colorido de tudo que vê, com as nuancias e singularidade das coisas, com os tons, com os sons, com a professora que lá na frente começa a escrever e ele pela benignidade de Deus, começa a ler perfeitamente e entende toda a matéria que está sendo ministrada. E ouve Deus lhe sussurrar: “Agora sim, Antonio Marcos, agora você está livre para viver a sua vida.”
E a história de Antonio Marcos começou a mudar definitivamente a partir daquela manhã de 1987. E ele é muito inteligente e quatro anos após já está cursando a oitava série.
Hoje, 2013, o pastor Antonio Marcos está cursando a sua quarta faculdade e no meu entendimento é um homem extraordinário. Pela sua inabalável fé, pelas suas longas lutas sem nunca esmorecer e sem nunca reclamar, este cidadão é um exemplo de cristão e um digno representante de Deus  na face da terra. Ouvi-lo é uma dádiva. Ele encanta pela sua singeleza e doçura.
Eu tive o privilégio de ouvi-lo por duas noites consecutivas na Igreja Jesus Pão da Vida, aqui na cidade de Curitiba. Saí fortalecido na fé em Cristo Jesus, muito mais próximo do divino e muito mais distante deste mundo que jaz no maligno. Que maravilha!
Para contatá-lo é muito simples:WWW.antoniomarcos.net
amnovais@hotmail.com
Com carinho. João Antonio Pagliosa
                                                                               Curitiba, 08 d

Um comentário:

  1. Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gênesis 18:13-14)
    Deus do impossível! Deus que cura, liberta e perdoa!!!
    Glórias ao teu nome YAOHUSHUA!!!

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